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As máquinas do rali já se ouvem na Baixa da cidade

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Começou o programa oficial da Porto Street Stage. Eram precisamente 12,44 horas quando os concorrentes inscritos no Rally de Portugal iniciaram o reconhecimento do percurso.

Cada equipa tem oportunidade de completar duas voltas ao traçado no carro de prova, numa espécie de teste em que a velocidade máxima está limitada aos 60/km/h. Qualquer infração a esta regra pode resultar numa penalização aplicada pela organização. Por força desta imposição, os reconhecimentos vão prolongar-se por cerca de três horas, estimando-se que a última equipa abandone a pista pelas 15,45 horas.

Os favoritos à vitória

A vitória na Porto Street Stage poderá ser discutida entre os pilotos que atualmente disputam a liderança do Mundial de Ralis: Sébastien Ogier (Ford), o atual líder da tabela e campeão em título, e Thierry Neuville (Hyundai). Ott Tänak (Toyota), outro dos candidatos e vencedor do Rali da Argentina, a última competição disputada antes de Portugal, teve esta manhã um problema com o motor do seu Toyota.

Desportivamente, e até pela sua extensão, (1,950 metros), a Street Stage não terá um caráter decisivo para a classificação final do rali. Porém, é certo que ninguém do grupo da frente vai levantar o pé do acelerador e desperdiçar a oportunidade de vencer a única classificativa urbana integrada no programa da 52.ª edição do Rally de Portugal. E, claro, ser aplaudido por cerca de 100 mil pessoas.

Há dois anos, recorde-se, o mais rápido a cumprir a dupla passagem pelo traçado portuense foi Thierry Neuville, da equipa oficial da Hyundai. O piloto belga é o atual segundo classificado do Mundial e um dos fortes candidatos a bisar a vitória na especial portuense.

De qualquer forma, e até pelo seu estatuto de atual Campeão do Mundo e líder da tabela do Mundial, o favoritismo recai, sobretudo, em Sébastien Ogier. O piloto francês, terceiro no Porto em 2016, persegue este ano um inédito sexto triunfo na prova portuguesa, o que lhe permitiria ultrapassar o recorde de cinco vitórias no Rally de Portugal que atualmente divide com o mítico Markku Alen.

A tentar contrariar o favoritismo do piloto da Ford, a Hyundai deslocou-se a Portugal com toda a sua equipa, sendo aliás a única das formações oficiais a inscrever quatro carros. Juntamente com Thierry Neuville, a equipa coreana trouxe a Portugal o espanhol Dani Sordo, o neozelandês Hayden Paddon e o norueguês Andreas Mikkelsen.

A Toyota inscreveu os finlandeses Jari-Matti Latvala e Esappeka Lappi e o estónio Ott Tänak, enquanto a Citroën apostou nos britânicos Kris Meeke, vencedor da edição de 2016 do Rally de Portugal, e Craig Breen, além do norueguês Mads Ostberg, que ganhou a prova portuguesa em 2012.

O regresso do Rally de Portugal ao centro do Porto constitui a grande novidade da edição de 2018 da etapa portuguesa pontuável para o Campeonato do Mundo FIA de Ralis. Tal como em 2016, a Street Stage encerrará o programa competitivo do segundo dia de prova, disputando-se ao final da tarde de hoje, depois dos concorrentes cumprirem uma dupla passagens pelos troços de Viana do Castelo, Caminha e Ponte de Lima, todos na região do Alto Minho.

Recorde-se que a liderança no campeonato mundial é do francês Sébastien Ogier (Ford Fiesta), onde soma agora 100 pontos, mais 10 que Thierry Neuville. Ott Tänak surge em terceiro da tabela, com 72 pontos.

Ao todo estão inscritas 88 equipas no Rally de Portugal em representação de 26 nacionalidades, um evento organizado pelo Automóvel Clube de Portugal.

O rali em português

Com 17 pilotos inscritos, são vários os nomes de olho na vitória nacional, mas as atenções recaem em Armindo Araújo que está de regresso ao campeonato do mundo, depois de ter rodado em 2017 com o carro 0 no WRC Rali de Portugal.

O português mais bem-sucedido no Rally de Portugal volta com ambição redobrada, já que, em caso de vitória, se pode tornar líder do campeonato nacional. De olhos postos nessa possibilidade estão outros grandes nomes do automobilismo nacional como Miguel Barbosa ou o campeão nacional em título Carlos Vieira.

Joaquim Alves e Pedro Meireles, ambos em Skoda Fabia R5, abandonaram hoje o Rali de Portugal, nas primeiras passagens pelas classificativas na região do Alto Minho. Os pilotos juntam-se na lista de abandonos a José Pedro Fontes (Citroen C3 R5) e Manuel Castro (Hyundai i20 R5), que nem sequer compareceram na linha de partida em Lousada, na quinta-feira, ambos devido a problemas mecânicos.

Conheça tudo o que vai acontecer ao longo do dia e veja em vídeo o percurso da prova do porto.pt.