Cultura

Artista libanês, filme chinês e ativista russa inauguraram ontem o Fórum do Futuro

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Uma apresentação do artista libanês Ali Cherri, um trabalho audiovisual da chinesa Guan Xiao e uma conversa da ativista russa Nadya Tolokonnikova (líder das Pussy Riot) com André e. Teodósio compuseram a sessão de abertura em três atos do Fórum do Futuro, ontem à tarde, no Rivoli.

Ali Cherri apresentou "Water Blues", uma reflexão com suporte audiovisual sobre o poder que a lama exerce sobre nós, como metáfora e como material, cuja utilização na construção é um processo tão antigo quanto a Humanidade.

Seguiu-se a projeção de "Hidden Track", obra da artista chinesa Guan Xiao que coreografa de forma poética imagens e universos numa sobreposição de referências históricas e artísticas, imagina o corpo e a Humanidade como figuras que persistem no tempo e que convergem em formas, fragmentos e futuro.

A sessão de abertura concluiu-se com a artista e ativista política russa Nadya Tolokonnikova, cofundadora do grupo Pussy Riot. Apresentou a ideia de que a Grécia é pátria não só da filosofia académica escrita (de Platão e Aristóteles), mas também da tradição de uma filosofia prática, de uma filosofia de ação que está na base do "artivismo artístico".
Nadya Tolokonnikova, que foi presa pela sua "oração punk" numa catedral de Moscovo, explicou a necessidade de voltar a esta filosofia prática de Sócrates e Heráclito, numa conversa moderada pelo artista e membro do Teatro Praga André e. Teodósio. 

O Fórum do Futuro, que decorre até ao próximo sábado sob o tema "Ágora Club", incluiu ainda ontem uma performance com duas criações de Trajal Harrell.

O festival de pensamento, em que mais de 50 convidados estão a refletir sobre a influência da Antiguidade na cultura contemporânea, apresenta hoje o coletivo Slavs and Tatars e a primeira Artist Talk desta edição.

O programa completo pode ser consultado em www.forumofthefuture.com.