Cultura

Arte Pública com terceira obra

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Foi hoje
inaugurada no passeio nascente da Praça Almeida Garrett, em frente à Estação de
São Bento, a obra de arte pública 'Kneaded Memory/Memória Amassada' da artista
plástica Dalila Gonçalves.


As peças são
compostas por três pedras artificiais em betão, recobertas parcialmente a
azulejos pintados e pré-moldados artesanalmente pela artista e fazem parte de
um conjunto de 19 elementos.


A artista
explicou que a obra foi desenvolvida no âmbito de uma trienal de escultura na
Bélgica, cujo projeto pretendia mostrar a ligação de Portugal à Flandres, no
século XVII, através do comércio de azulejos.


Com a
instalação numa zona histórica da cidade do Porto, Dalila Gonçalves diz que "o
trabalho ganhou outra dimensão", quase de "cidades móveis que se vão instalando
em sítios, cujo património arquitetónico lhes é caro". A artista afirmou ainda
no final da inauguração que "instaladas em São Bento, ainda há mais uma layer
de significado, porque remete para esta mobilidade, para o que são as nossas
memórias, as memórias do espaço onde nos movemos". "Para muitos povos estes
azulejos lembrar-lhes-ão as próprias cidades", referiu à comunicação social.


Já o vereador
da cultura da Câmara Municipal do Porto destacou que o Programa de Arte Pública
lançado pela autarquia é "tendencialmente infinito". Ficamos muito contentes
com a circunstância de, num lapso de tempo relativamente curto, alguns meses,
termos já tido oportunidade de colocar três obras no espaço da cidade,
sobretudo na parte da cidade mais ligada ao passado, ao património", referiu
Paulo Cunha e Silva, que estava acompanhado dos vereadores da Mobilidade, Cristina Pimentel, e da Fiscalização e Proteção Civil, Sampaio Pimentel.


O
responsável adiantou que a próxima obra será, em princípio, do escultor Rui
Chaves, num projeto financiado pela Misericórdia do Porto e que "estabelece uma
relação com um dos quadros mais famosos da cidade e do acervo da Misericórdia".


O Programa
de Arte Pública (oficialmente lançado a 25 de fevereiro 2015 com a inauguração do
painel de Fernando Lanhas no topo nascente do túnel da Ribeira) é desenvolvido
em parceria com diversas entidades públicas e privadas que dão apoio mecenático
à produção e instalação de obras e cujo envolvimento é assinalado publicamente
em placas de inauguração, colocadas junto às respetivas obras.


Este ano o
Programa já inaugurou o painel de Fernando Lanhas, a obra de João Louro "Dead
End #15, da Série Dead Ends - "Highway Panels", às quais se junta agora
"Kneaded Memory/Memória Amassada", da artista Dalila Gonçalves.