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Alice e o País das Maravilhas interrogam tudo no TNSJ

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O clássico infantil que conquistou os adultos "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carrol, estreia às 21 horas desta quarta-feira no Teatro Nacional São João, numa encenação de Maria João Luís e Ricardo Neves-Neves.

O espetáculo, que fica em cena até 10 de fevereiro, tem como particularidade o facto de a representação de Alice ser feita por "um coro heterogéneo que, através da palavra falada e cantada", assume variadas formas, ritmos e estados de espírito.

Depois de terem encenado "Um conto de Natal", de Charles Dickens, Maria João Luís e Ricardo Neves-Neves retomam a parceria para trabalhar sobre a obra infantil mais conhecida de Charles Lutwidge Dodgson - sob o pseudónimo de Lewis Carroll - e também uma das obras mais célebres do género do nonsense e do absurdo.

Publicada em 1865, muitos consideram a obra como um retrato crítico da Inglaterra Vitoriana, já que a linguagem de libertação contraria de certa forma a rigidez social que imperava nessa época.

A estória de Carroll - adaptada por Ricardo Neves-Neves - apresenta uma menina chamada Alice que, atraída pela sua curiosidade, cai numa toca de coelho e é transportada para um lugar fantástico com criaturas peculiares, como o Chapeleiro Louco, a Rainha de Copas ou o Gato de Cheshire.

Por estar muito associada ao mundo dos sonhos e ter várias referências matemáticas e linguísticas como os enigmas, a obra acabou por ganhar muita popularidade junto das crianças e dos adultos.

Alice e o lugar do questionamento

Ao longo da sua travessia pela wonderland, Alice pergunta constantemente "Quem sou eu?". É por isso mesmo, para potenciar estes questionamento e maravilhamento, que Maria João Luís e Ricardo Neves-Neves propõem uma representação da personagem pelo tal "coro heterogéneo". Ao longo do espetáculo, esta "massa" de atores/cantores transforma o espaço do palco num lugar fantástico onde é possível ser-se livre.

Alice no País das Maravilhas é uma produção Teatro da Terra e Teatro do Elétrico, em coprodução com o TNDMII, o Cine-Teatro Louletano e o TNSJ. Do elenco fazem parte mais de duas dezenas de atores, com destaque para a jovem Beatriz Frazão e onde se inclui a encenadora Maria João Luís - que interpretam Alice e o Chapeleiro Louco, respetivamente.

O espetáculo pode ser visto à quarta-feira e sábado às 19 horas; à quinta e sexta-feira às 21 horas; e ao domingo às 16 horas. Excecionalmente, a récita da estreia acontece às 21 horas.

Para esta sexta-feira, dia 1, está prevista uma conversa pós-espetáculo entre o público e a equipa artística de "Alice no País das Maravilhas". Já no dia seguinte, sábado, o TNSJ organiza uma oficina de babysitting onde os pais (ou educadores) podem deixar as crianças enquanto assistem à peça. A atividade - que dá "carta-branca" para os mais pequenos fazerem aquilo que mais lhes apetece - é para maiores de quatro anos e o valor da inscrição é de 2,50 euros. 

No dia 7 de fevereiro, há uma sessão para escolas às 15 horas.

O preço dos bilhetes varia entre os 7,50 e os 16 euros.

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