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Águas do Porto e Portgás estudam viabilidade de conversão do biogás em biometano nas ETAR

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A empresa municipal Águas do Porto e a Portgás Distribuição estão a estudar a viabilidade de conversão de biogás em biometano para injeção na rede. O protocolo assinado nesta quarta-feira entre as duas entidades estabelece as regras de troca e utilização da informação recolhida durante o referido estudo, cujos resultados possibilitarão encontrar um modelo de exploração que se quer viável e capaz de oferecer maior racionalidade ao negócio.

A Águas do Porto vai testar a relevância do biogás para fins de exploração comercial, a partir das ETAR do Freixo e de Sobreiras, através de um estudo a promover em parceria com a Portgás. Esta iniciativa permitirá a redução direta ou indireta dos custos da operação das ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais), bem como atingir os objetivos do Plano Nacional de Energia e Clima para 2030, pela promoção da descarbonização da economia e pela transição energética com produção e incorporação de gases renováveis nas redes de distribuição de gás natural.

Recorde-se que, ainda no início desta semana, o Executivo Municipal aprovou a alteração estatutária da empresa municipal, abrindo caminho à Águas do Porto para alargar a esfera de atuação ao setor da energia. 

Sobre o biogás

Assumindo a gestão integrada do ciclo urbano da água, a Águas do Porto é responsável pela gestão e exploração dos sistemas públicos de drenagem e tratamento de águas residuais. É durante este tratamento que é libertado o biogás, produzido através da digestão de efluentes.

O estudo pretende aferir a possibilidade técnica de otimizar o referido processo de digestão anaeróbia do tratamento, que permita maximizar a produção do biogás para utilizações diversas, como é o caso da injeção de biometano na rede de distribuição de gás natural, bem como da produção do gás natural veicular.

Entre as principais vantagens genéricas do biometano, que deriva do biogás, saliente-se a diminuição de emissões de gases com efeitos de estufa (GEE), uma vez que o dióxido de carbono corresponde a uma pequena parte da sua composição. Além disso, pode representar uma solução inteligente para gestão de resíduos orgânicos, considerando a possibilidade de ser produzido localmente.