Sociedade

Arquitetos franceses no Porto

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Miguel Nogueira

A partir de hoje e até ao próximo domingo, 150 arquitetos conselheiros do estado francês estarão
reunidos no Porto, para a realização do seu seminário anual. Uma visita internacional
que tem como objetivo refletir sobre a arquitetura e debater quais têm sido as
estratégias urbanas na Invicta. O Seminário ACE Porto 2015 desenvolve-se em
três lugares marcantes da cidade: a Faculdade de Arquitetura, a Casa das Artes
e o Clube Comercial do Ateneu.

O presidente do
Corps de Architectes-Conseils de L'État Français, Philippe Challes,
justifica a escolha do Porto por interessar perceber "como é que a sobreposição
de tempos e escalas no Porto permite, através de um desenho de arquitetura
responsável, materializar-se num desenvolvimento urbano de qualidade". 


O programa conta com a presença do
vereador do Urbanismo, Manuel Correia Fernandes, com o arquiteto e crítico Nuno
Grande e com o prémio Pritzker Eduardo Souto Moura.


 


A ideia é, na opinião de Philippe
Challes, "mostrar uma escala da cidade do Porto que, às vezes, está fora dos
circuitos mais turísticos", ou seja, mostrar locais como o Bairro da Bouça,
desenhado por Siza Vieira, ou "os diferentes projetos das frentes de rio e de
mar, os diferentes portos do Porto".

A figura de
Arquiteto Conselheiro do Estado Francês foi criada em 1945 para resolver a
reconstrução do património habitacional arrasado pela II Guerra Mundial. Como
consequência foi criada a lei SRU (Solidarité de Renouvellement Urbain) para
agir em três áreas que mais tarde deram o nome ao Ministério do Urbanismo,
Habitação e Transportes que, atualmente, tutela este grupo de arquitetos.

Anualmente é
elaborada uma publicação com as conclusões do Seminário ACE da autoria dos
relatores franceses e para a qual já foram escolhidos textos de autores
portugueses, como o caso do geógrafo Álvaro Domingues.